A Importância da Dentição no Estado Nutricional do Idoso
Com o envelhecimento, ocorre uma série de mudanças que podem afetar o estado nutricional dos idosos.
Problemas dentários são hoje vistos como fatores contribuidores ou mesmo primários, em alguns estados de desnutrição do idoso.
Uma dentição precária torna difícil uma dieta normal, principalmente quanto à ingesta do ponto de vista proteico, uma vez que o aporte de proteínas que fornecem aminoácidos de cadeias ramificadas (BCAA) é feito basicamente à custa de carne, leite e soja.
A falta de dentes, ou mesmo a presença de próteses mal adaptadas dificultam em muito a mastigação, fazendo com que o idoso ingira alimentos amolecidos que causem saciedade, sem com isso fornecer as necessidades mínimas de Proteínas, Vitaminas e Minerais.
A substituição do jantar por um “lanchinho noturno” a base de refrigerante, leite em pequena quantidade, pão molhado, bolachas e bolos ao invés de uma alimentação proteico calórica adequada é hoje considerada um dos grandes vícios que agravam os processos de desnutrição.
Com o processo de envelhecimento há um declínio na capacidade olfativa dos idosos que, associado à perda de sensibilidade das papilas gustativas, faz com que a alimentação não seja algo prazeroso.
Vitaminas e minerais tão importantes nos estados nutricionais dos idosos, quando oriundos da alimentação, são obtidos em maior quantidade pela ingesta de legumes, frutas e verduras. Como a obtenção destas substâncias está atrelada a uma dificuldade logística da sua introdução na alimentação, em idosos não institucionalizados é ela na grande maioria das vezes negligenciada, independentemente do poder aquisitivo.
Como alternativa tanto na complementação quanto no suporte alimentar de idosos, já existem no mercado suplementos proteicos com doses adequadas de proteínas, associadas à quantidade de Vitaminas e Minerais previstos na IDR e, baixa ingesta de sódio (Proteocal